sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

HOMEM QUE OFERECIA CURSOS DE GRADUAÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO DO MEC É PRESO NA PARAÍBA

Ação da Delegacia de Polícia Civil de Goiana, na Mata Norte do Estado, com apoio da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de João Pessoa, na Paraíba, prendeu na tarde desta quinta-feira (21), na capital daquele Estado, Nico Antonio Bolama, de 38 anos, natural de Guiné Bissau, após a conclusão de um inquérito que investigava faculdades que atuavam sem autorização do Ministério da Educação (MEC).
A Polícia chegou ao acusado depois que diversos estudantes de Goiana e região procuraram a delegacia local informando que haviam cursado Pedagogia e Administração no Cenpi, faculdade administrada por Bolama que encerrou atividades na cidade em junho de 2015 sem dar satisfação aos alunos.
O inquérito policial foi concluído em dezembro passado e enviado ao Ministério Público, que denunciou Nico Antonio Bolama por estelionato e crime contra a ordem econômica. Há, inclusive, uma decisão da Justiça da Paraíba que proibia o Cenpi de abrir turmas – por lá, há registro de mais de 10 mil alunos prejudicados. Outras cidades da Mata Norte pernambucana também tinham polos da instituição de ensino.
De acordo com o titular da Delegacia de Goiana, o delegado Thiago Uchôa, Bolama anunciava os cursos de graduação a baixos custos, atraindo principalmente pessoas carentes. Os cursos, no entanto, não tinham validade. “Acontecia que, quando as pessoas iam procurar uma pós-graduação ou mesmo uma colocação no mercado de trabalho, descobriam que a graduação não era válida”, informa o delegado. A saída para os prejudicados seria tentar com outra instituição, reconhecida pelo MEC, o aproveitamento da grade curricular cursada.
Nico Antonio Bolama foi encaminhado para a cadeia pública de Goiana, onde vai aguardar julgamento. Se condenado, pode pegar de um a cinco anos de prisão apenas pelo crime de estelionato – tempo que pode ser aumentado por conta do crime contra a ordem econômica.
Atualmente, uma CPI atua na Assembleia Legislativa de Pernambuco para investigar outros casos de faculdades que funcionam também de forma irregular. Do Cotidiano.

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