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E onde o Bullying
ocorre?
O BULLYING é um problema mundial, sendo encontrado
em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de
instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.
Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de BULLYING entre
seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.
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De que maneira os
alunos se envolvem com o Bullying?
Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas
características podem ser destacadas, como relacionadas aos papeis que venham a
representar:
- alvos de Bullying - são os
alunos que só sofrem BULLYING;
- alvos/autores de Bullying
- são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING;
- autores de Bullying - são os
alunos que só praticam BULLYING;
- testemunhas de Bullying - são os
alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em um ambiente onde
isso ocorre.
§ Os autores são, comumente, indivíduos que têm
pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais
há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma
supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar
conflitos o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam
o BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos
anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinquentes ou criminosas.
§ Os alvos são pessoas ou grupos que são
prejudicados ou que sofrem as conseqüências dos comportamentos de outros e que
não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os
atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento
de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto
às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por
intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento.
Alguns crêem serem merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são
passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos.
Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a
escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou
abandonam os estudos. Há jovens que estrema depressão acabam tentando ou
cometendo o suicídio.
§ As testemunhas, representadas pela grande maioria
dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se
tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões
diretamente, muitas delas podem se sentir incomodadas com o que vêem e
inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de
seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo
isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica
e socialmente.
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E o Bullying envolve
muita gente?
A pesquisa mais extensa sobre BULLYING, realizada
na Grã Bretanha, registra que 37% dos alunos do primeiro grau e 10% do segundo
grau admitem ter sofrido BULLYING, pelo menos, uma vez por semana.
O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002,
envolvendo 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas localizadas no
município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter
estado diretamente envolvidos em atos de Bullying, naquele ano, sendo 16,9%
alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de Bullying.
Os meninos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o
Bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com
menor freqüência, o BULLYING também ocorre e se caracteriza, principalmente,
como prática de exclusão ou difamação.
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Quais são as
conseqüências do Bullying sobre o ambiente escolar?
Quando não há intervenções efetivas contra o
BULLYING, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as
crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar
sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de
BULLYING, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma
conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.
Alguns dos casos citados na imprensa, como o
ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos
quais um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem
estivesse a sua frente, retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem
destaque algumas reflexões sobre isso:
- depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram
a arma como instrumento de "superação” do poder que os subjugava.
- seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os
agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da
escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e sofrimento.
As medidas adotadas pela escola para o controle do
BULLYING, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão
positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.
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Quais são as
conseqüências possíveis para os alvos?
As crianças que sofrem BULLYING, dependendo de suas
características individuais e de suas relações com os meios em que vivem em
especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas
sofridos na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente
com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de
relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo. Mais tarde
poderão vir a sofrer ou a praticar o BULLYING no trabalho (Workplace BULLYING).
Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou a cometer suicídio.
Aqueles que praticam Bullying contra seus colegas
poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando
atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de
trabalho. Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a
possibilidade de que autores de Bullying na época da escola venham a se
envolver, mais tarde, em atos de delinqüência ou criminosos.
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E quanto às
testemunhas?
As testemunhas também se vêem afetadas por esse
ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se
tornar as próximas vítimas.
DIGA NÃO AO BULLYING . TEMOS QUE ACABAR COM ISSO !!!!!!!!!!!!