terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Brumadinho convive com adoecimento mental um ano após tragédia da Vale

Moradores de Bruamadinho sofrem com adoecimento mental  — Foto: Raquel Freitas/G1
Moradores de Bruamadinho sofrem com adoecimento mental — Foto: Raquel Freitas/G1

O crescimento no número de suicídio e de tentativas de autoextermínio, aumento no consumo de antidepressivos e ansiolíticos, além da elevação de afastamento entre profissionais de saúde. O diagnóstico é da Secretaria Municipal de Saúde de Brumadinho – cidade que, um ano após a tragédia da Vale, convive com o adoecimento mental de parte da população.


“Essa tragédia, esse crime, isso fez com que despertasse um movimento mental que tem adoecido as pessoas. Sensivelmente, é perceptível o adoecimento mental de grande parte da população”, diz o secretário Municipal de Saúde, Júnio Araújo.
Por causa do aumento do consumo de medicamentos como antidepressivos, farmácia em Brumadinho teve que expandir espaço no estoque para esse tipo de remédio — Foto: Raquel Freitas/G1
Por causa do aumento do consumo de medicamentos como antidepressivos, farmácia em Brumadinho teve que expandir espaço no estoque para esse tipo de remédio — Foto: Raquel Freitas/G1

Segundo ele, em 2019, o uso de antidepressivos cresceu 56% e o de ansiolíticos aumentou 79% em comparação com 2018. Os casos de suicídio passaram de 1 para 5, sendo 3 no município e dois na região, conforme a assessoria da prefeitura. Já as tentativas saltaram de 29 para 47. Araújo, entretanto, acredita que esse último número possa ser ainda maior.

“Quando a tentativa do autoextermínio não chega a êxito, a família, a própria pessoa tem vergonha de procurar o serviço [de saúde]. Dentro da família, eles tentam esconder e só vão à unidade de saúde quando a situação é mais gravosa”, explica.

Por Raquel Freitas, G1 Minas — Brumadinho

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