Com o avanço da dengue, a preocupação passa a ser apenar em como manter o mosquito longe. O primeiro passo é não deixar água parada. Além disso, muitos métodos caseiros começam a surgir: velas aromáticas, cravos no limão e até comer alho. No entanto, um biólogo de Araraquara (SP) alerta para os mitos e verdades dessas práticas.
Os produtos químicos são os mais eficazes, mas também os mais tóxicos, afirma o biólogo Adalberto Cunha. “O mesmo princípio químico que existe no produto de tomada, existe nos produtos aerossóis. A diferença é que o de tomada permanece funcionando por mais tempo, porque a eletricidade vai soltando o produto. A gente não pode esquecer que em quartos de crianças com menos de 3 anos, não é recomendado o uso de produtos químicos, porque para elas pode ser muito tóxico e ao invés de ajudar, pode atrapalhar a vida dessas crianças”, disse.
As velas aromáticas, à base da planta citronela, também espantam o Aedes Aegypti, mas Cunha adverte sobre seu funcionamento. “Tem-se o conhecimento de que ela consegue afastar, em um raio de ação, a presença de pernilongos. Então isso pode ser mais um complemento para um cômodo, mas sempre se lembrando que o espaço que ele funciona é pequeno, de mais ou menos 2 metros”, explicou.
Outro método bastante comentado é o de comer alho ou ingerir vitamina B para afastar os pernilongos. Outra receita caseira bastante famosa é espetar cravos no limão. Cunha, no entanto, dispensa os métodos. “Não existe comprovação que ao comer o alho vai afastar o mosquito da dengue ou outros pernilongos. No caso da Vitamina B, só se tomássemos alguns litros para aumentar a transpiração”, afirmou.
Para o biólogo, uma tática que funciona é misturar cravo da índia com álcool. “O ideal é deixar entre 2 e 3 dias essa mistura e depois colocar em um recipiente para borrifar. Depois é só passar nos braços e nas pernas, onde são mais fáceis de o mosquito picar. É um repelente natural. A vantagem é que a pessoa e o ambiente ficam bastante cheirosos durante o período de uso”, pontuou.
Dengue
A rotina da família de Érica Decarli, de 10 anos, mudou depois que ela pegou dengue. “Sentia moleza, dor de cabeça, dor no olho e preguiça”, falou.
Para que o problema não voltasse a acontecer, a mãe resolveu blindar a casa contra o mosquito. A vela de citronela foi colocada na sala e em outros lugares, a professora Gilmara Sigoli liga na tomada um aparelho que libera inseticida. Além disso, ela afirma que passa repelente na filha pelo menos três vezes por dia. “O que é bom para espantar o mosquito a gente está correndo atrás. Eu penso que seja bom, mas se é 100% eficaz, tenho minhas dúvidas”, comentou.
Do G1
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