quarta-feira, 5 de julho de 2017
Sem acordo entre empresários e trabalhadores, passageiros têm mais um dia de transtornos
O futuro da greve dos rodoviários será definido em dissídio coletivo realizado às 14h desta quarta-feira (5)
O futuro da greve dos rodoviários será definido em dissídio coletivo realizado às 14h desta quarta-feira (5), no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), já que os trabalhadores e os empresários não entraram em acordo durante audiência de conciliação sobre a greve iniciada na última segunda-feira (3). A classe, que começou pedindo 14%, está pleiteando agora 7% de reajuste no piso salarial e 20% no valor do vale refeição. Enquanto isso, as empresas de ônibus estariam dispostas a 4% no piso salarial e 11,12% no vale refeição. Em meio ao impasse, os passageiros do Recife e Região Metropolitana iniciaram mais uma manhã de transtornos, com poucos ônibus nas ruas, espera de mais de uma hora e aperto para caber nos coletivos circulando.
Audiência no TRT termina sem acordo e greve dos ônibus continua no Grande Recife
A ordem da Justiça é de que 50% da frota esteja nas ruas em horários de pico e 30% nos demais. Na prática o serviço, já complicado em dias normais, segue caótico. Caso o veredicto do TRT6, que decide o conflito em relação ao percentual do reajuste no salário dos trabalhadores, não agrade a uma das partes, será possível ainda recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A esteticista de animais Maria Auxiliadora Nunes, disse que os ônibus estavam passando todos lotados. “Ontem eu esperei uma hora e vinte esperando passar um ônibus, me arriscando. Terminei indo de carona para não faltar, mas a volta também foi horrível. Não tem 50% circulando de jeito nenhum. om seria que parasse de uma vez. Tirava a frota da rua e pronto, que era para tentar resolver o mais rápido possível”, opinou.
A Urbana-PE entrou na segunda-feira com pedido de julgamento do dissídio coletivo dos rodoviários, que estão em campanha salarial.
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benílson Custódio, outra reivindicação dos rodoviários é a implantação de um plano de saúde para a categoria, pleito rechaçado pelos donos das empresas. “Há intransigência da classe patronal. Ela [Urbana-PE] quis implantar novas cláusulas, prejudiciais ao trabalhador, sem dar nada em troca”, disse Custódio. “Nós pedimos também a planilha de custos deles, porque eles dizem que gastam x, quando pedem aumento de passagem, mas esse dinheiro não é repassado para o trabalhador.”
O presidente da Urbana-PE, Luiz Fernando Bandeira, contestou a categoria. “A inflação alta e a queda de demanda de 13% em relação ao ano passado não permitiram dar o que o sindicato pede”, afirmou. Em nota, a Urbana-PE disse que durante a audiência firmou acordo com o Sindicato dos Rodoviários em todas as cláusulas sociais relativas ao dissídio coletivo da categoria, restando apenas as cláusulas econômicas para julgamento pelos desembargadores TRT6.
Aulas suspensas
Por conta da greve, as universidades Federal e Rural de Pernambuco estão com aulas suspensas. A medida afeta atividades no campus Recife da UFPE e no campus Dois Irmãos, na Zona Norte da capital, na Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho (UACSA) e no Colégio Agrícola Dom Agostinho Ikas (Codai), unidade de ensino médio e técnico da UFRPE.
Por: Portal Folha PE em 05/07/17
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