
Os valores explicam o fato de 4 em cada dez brasileiros estarem inadimplentes, ou seja, não pagam o que devem há mais de 90 dias. Um estudo realizado em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostra que 41% dos brasileiros consideram o limite do cartão como parte do dinheiro disponível no orçamento mensal.
Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o imediatismo com relação ao consumo faz com que o brasileiro deixe de pensar no seu futuro financeiro e priorize o prazer momentâneo de realizar compras, mesmo que isso tenha como consequência estar com o bolso sempre vazio ou não deixar de realizar seus sonhos e projetos de vida.

Mauro Calil, fundador da Academia do Dinheiro e especialista em investimento do Banco Ourinvest, considera que o cartão de crédito é muito mal utilizado pelos consumidores. “Costumo comparar com uma faca. É um instrumento útil mas que pode machucar se for manuseado por alguém que não sabe utilizar. O mesmo se aplica ao cartão de crédito”. analisa.
Calil diz que um ano de crise acarretou dívidas altas. “A inflação afetou o orçamento familiar e muitos usaram o limite do cartão como extensão de renda. Isso não foi louvável, o correto seria diminuir o padrão de consumo”, pontua. A dica de Calil é que as pessoas possuam no máximo dois cartões de crédito. “É importante que a soma dos limites dos cartões deve ser de no máximo 50% da renda do consumidor”, aconselha. A deficiência está no baixo investimento em educação financeira.
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